A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado (18) o tenente da PM Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, por suspeita de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro de 2024.
Apontado pela investigação da polícia como o condutor do carro usado pelos assassinos de Gritzbach no crime, o tenente Genauro foi detido em Osasco, no Jardim Umuarama, onde mora.A Corregedoria da Polícia Militar também participou da ação.
Segundo nota da Secretaria da Segurança Pública, o policial foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e será encaminhado em breve ao Presídio Romão Gomes.
A prisão temporária de 30 dias foi autorizada pela Justiça, após representação da Força Tarefa do DHPP.
O policial foi alçado ao cargo de 1º tenente do 20º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) em 2018.
Segundo o Portal da Transparência do Governo de São Paulo, o agente recebe atualmente do estado R$ 15.855,28 para exercer sua função.
Em 2016, o policial recebeu a medalha Coronel PM Delfim Cerqueira Neves por “méritos de excepcional relevância prestados à Associação dos Oficiais da Polícia Militar, à PM e à sociedade”.
Com a prisão deste sábado, sobe para 16 o número de PMs presos por suspeita de ligação com a morte do delator do PCC.
Muitos policiais faziam a segurança privada de Gritzbach e também são investigados por suspeita de ligação com o PCC.
Entre os militares investigados está um policial da ativa, o cabo Dênis Antonio Martins, identificado como o autor dos disparos que mataram o delator da facção criminosa.
Gritzbach foi assassinado em novembro de 2024, em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O empresário de 38 anos era jurado de morte pelo PCC.
Durante uma delação, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar extorsões cometidas por policiais civis. Tanto eles quanto PMs investigados foram afastados das funções.