Há cerca de dois meses, a vereadora de Osasco, doutora Régia, filiada ao PDT, divulgou em suas redes sociais que caso o partido apoiasse a candidatura à reeleição do prefeito Rogério Lins ela não disputaria a reeleição para o legislativo. A coligação do PDT com Lins se concretizou na convenção do último sábado (12) e doutora Régia confirmou que está fora da eleição de novembro.
“Minha decisão é definitiva”, declarou em entrevista ao Diário. Régia foi ferrenha opositora à atual administração e disse ser impossível mudar de postura na Câmara Municipal. “Tenho que me manter coerente à minha história de vida. Durante três anos e meio fui oposição a esse governo. Fui uma das mais críticas na oposição a ele em absolutamente todas as áreas. Critiquei demais. Fiz alguns projetos até contrários às coisas que ele [prefeito] fazia. Fui oposição e não tem como voltar. Não tem como nos últimos seis meses mudar a minha voz”.
Régia disse, ainda, que não se sente exatamente decepcionada com o partido, mas acredita que era o momento da sigla alçar novos voos investindo em uma chapa majoritária. “Acho que o PDT poderia ter se preparado, ter feito um plano B já que o ex-prefeito [Jorge Lapas] não poderia por conta das contas. Ter pensado em uma alternativa e em um nome próprio. Iria se fortalecer enquanto partido, iria crescer na cidade. Acho que tinha que ter uma vida própria na cidade. A política está muito desgastada e não podemos viver só pelo interesse. Infelizmente na minha opinião o partido tomou a pior decisão. Respeito a decisão dele, mas não é a minha”.
Questionada se aceitaria ser candidata a prefeita caso o PDT a convidasse, Régia respondeu com tranquilidade: “Talvez sim, seria uma coisa a pensar”. Mas afirmou que já estava se preparando para ser candidata à reeleição e, inclusive, tentar aumentar a bancada feminina no legislativo osasquense. “A Câmara de Osasco precisa de mais mulheres para ter um equilíbrio e representatividade”. A atual legislatura conta com três vereadoras: além de Régia estão Ana Paula Rossi (PL) e Lúcia da Saúde (Podemos).
Régia vai terminar o seu mandato filiada ao PDT e pensará em uma nova legenda apenas no ano que vem. “Em janeiro vou pensar em outro partido e o que vai ser melhor para minha vida política”.