A Justiça concedeu à Polícia Civil mais 90 dias para investigar Pablo Marçal, empresário de Alphaville e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo (PRTB), por tentativa de homicídio privilegiado, quando a prática do ato é atenuada por ter sido cometido sob fortes emoções.
O caso aconteceu em 2022, quando Marçal liderou um grupo de pessoas durante a escalada ao Pico dos Marins. Inquérito aponta que grupo não tinha condições adequadas para escalada.
A Polícia de São Paulo relatou o inquérito ao Ministério Público, que requisitou novas diligências. Diante disso, a Justiça concedeu um novo prazo de mais 90 dias para aprofundar as investigações.
A suspeita é de que o grupo de 32 pessoas estivesse sem equipamentos adequados para subir o Pico dos Marins, que fica na Serra da Mantiqueira, na fronteira dos estados de Minas Gerais e São Paulo. A escalada ao cume, de 2.421 metros do nível do mar, aconteceu durante um forte vendaval.
O Corpo de Bombeiros precisou resgatar o grupo durante a escalada porque algumas pessoas passaram mal. Na época Pablo Marçal era coach e cobrava, segundo o portal Metrópolis, R$ 3 mil pelo treinamento na montanha.
A Polícia Civil de Piquete, cidade do interior do Estado, está investigando o caso. Ele passou a ser investigado por tentativa de homicídio privilegiado.
Pablo Marçal é pré-candidato a prefeito de São Paulo e está proibido pela Justiça de fazer qualquer atividade que envolva montanhas, picos, rios, lagos e mares sem autorização da Polícia Militar.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que “o inquérito policial foi relatado ao Poder Judiciário, que requisitou novas diligências, em andamento pela unidade policial. Mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”.