O pugilista osasquense Abner Teixeira, de 24 anos, recebeu a sua medalha de bronze, três dias após a derrota contra o cubano Julio La Cruz, pela semifinal da categoria peso pesado. O ouro ficou com o próprio La Cruz. A cerimônia ocorreu na madrugada de sexta-feira (06) por volta da 1h (de Brasília).

“Foram 5 anos e um Ciclo Olímpico de muito autoconhecimento, dúvidas, trabalho duro, abnegação, altos e baixos. E no final desse ciclo posso falar que realizei um sonho, que amadureceu até se tornar uma meta. Subir em um pódio na Olimpíada”, postou Abner em seu Instagram.

Abner nasceu em Osasco, mas muito cedo se mudou com a família para Sorocaba, no interior de São Paulo. Lá teve seu primeiro contato com o boxe através do professor Luis de Jesus e posteriormente se desenvolveu no esporte no projeto “Boxe – Mãos para o Futuro”, de Vladimir Godoi.

Ligado às Forças Armadas, Abner prestou continência ao subir ao pódio. Ele foi o terceiro a fazer este gesto, repetindo o corredor Alisson dos Santos, bronze nos 400m com barreira; e a nadadora Ana Marcela Cunha, ouro na maratona aquática.

Os atletas que prestam continência no pódio fazem parte do Programa Atleta de Alto Rendimento (PAAR), criado pelo governo federal em 2008, em uma parceria entre os ministérios da Defesa e do Esporte – hoje ligado à pasta da Cidadania. 

Eles têm direito a receber todos os benefícios da carreira militar, como soldo, assistência médica e acompanhamento nutricional e de fisioterapeuta, além de utilizar a estrutura esportiva das Forças Armadas. Para isso, precisam se alistar e passar por entrevista e outras avaliações, além de participar eventualmente de treinamentos militares.