Na terça-feira, 5, o presidente da Câmara Municipal de Osasco, Ribamar Silva (PSD), apresentou requerimento para pedir informações sobre a visita de vereadores de São Paulo à Uber, sediada no município.
O documento foi enviado à Câmara Municipal de São Paulo e parlamentares têm 30 dias para responderem os questionamentos. O prazo, portanto, termina no início de maio.
Por conta de uma CPI dos aplicativos na Câmara de Vereadores paulistana, criada para apurar a atuação de empresas de transporte por aplicativo na capital, os parlamentares da Capital resolveram questionar a troca do Uber de São Paulo por Osasco como sede da empresa.
No Requerimento 07/2022, Ribamar pediu informações “sobre os indícios que comprovem as diligências em empresas sediadas em Osasco, bem como os eventuais ilícitos cometidos por tais empresas”.
Ribamar declarou, ainda, que o Legislativo Municipal tomará as providências legais contra a ação dos vereadores de São Paulo em Osasco. “É desrespeito com nossa cidade; nós não vamos fiscalizar empresas em outras cidades”.
“Essa prerrogativa é dos deputados estaduais e deputados federais. São eles que têm que fiscalizar eventuais problemas entre municípios. Aos vereadores cabe fiscalizar problemas internos de suas cidades. Não queremos inimizade com nenhuma cidade”, finalizou Silva.
Com a mudança do Uber para Osasco, a capital paulista deixará de arrecadar cerca de R$ 80 milhões por ano em Imposto Sobre Serviços (ISS).
Segundo dados fornecidos pela Uber à CPI da Câmara Municipal de São Paulo, a empresa pagou R$ 584 milhões entre 2014 e 2020 para aquela cidade.