Nesta terça-feira (10), o sistema Alto Cotia registrava 44,7% de sua capacidade. Esse percentual está apenas 6% acima do registrado, em 2014, quando chegou a 38% de sua capacidade.
Na mesma época, no ano passado, o nível da represa marcava 83,6%. O Alto Cotia abastece 1,3 milhões de pessoas em quatro cidade da região Metropolitana, dentre elas Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Vargem Grande Paulista.
Em 2014, o estado de São Paulo sofreu a pior crise hídrica de sua história. Com os principais reservatórios operando com índices baixíssimos e o Sistema Cantareira zerado. O então governador Geraldo Alckmin precisou usar o chamado polêmico “volume morto” do sistema de abastecimento.
Essa água do volume morto jamais havia sido usada no abastecimento à população, o que levantou dúvidas sobre a sua qualidade. Estudos apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo indicam que essa água tem maior concentração de poluentes, que incluem metais pesados, compostos orgânicos prejudiciais à saúde, bactérias, fungos e vírus. A Sabesp, por sua vez, garante que a água do volume morto é própria para consumo.
Os demais sistemas que abastecem a região estão com reservas baixas, mas sob controle. No final da tarde desta terça (10), o Sistema Cantareira registrava volume operacional de 55,5 % e o São Lourenço 54,5 %. Juntos eles respondem pela distribuição de água potável a mais de 7 milhões de habitantes na Área Metropolitana, incluindo as maiores cidades do entorno de Osasco.