Um caso de violência policial contra uma mulher na Estação da Luz, em São Paulo, no último sábado (6), causou indignação e revolta aos deputados Renata Abreu e Emidio de Souza.
A Mandata AtivOz, por meio do covereador Higor Andrade, e as deputadas estaduais do mandato coletivo Pretas acionaram a Corregedoria da PM.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a jovem, identificada como trans, sendo agredida por um policial militar fardado.
Nas imagens, a vítima está no chão da plataforma da linha azul, encolhida, enquanto o policial desfere um tapa em seu rosto. A violência é seguida por tapas na cabeça e um chute na região da costela, segundo relato da vítima no boletim de ocorrência.
Deputados da região se manifestaram, em suas redes sociais, condenando a agressão e apontando a homofobia como possível motivação.
Renata Abreu postou que é inadmissível crimes de gênero em pleno século XXI. Já Emidio de Souza questionou o governador Tarcísio de Freitas sobre a violência policial no estado.
A ativista Jacqueline Chanel, do projeto Séfora’s de acolhimento à população trans e travesti, denunciou o caso à Coordenação de Políticas para LGBTI da Prefeitura de São Paulo.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) lamentou o ocorrido e informou que o policial foi afastado de suas funções e que um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar as circunstâncias do caso.
No entanto, a SSP não forneceu detalhes sobre o cargo do policial, tempo de serviço ou se ele já foi punido por conduta semelhante.
O caso evidencia a vulnerabilidade da população LGBTQIA+ à violência e reforça a necessidade de medidas de proteção e combate à discriminação.
A vítima também alega ter sido agredida verbalmente pelo policial. A SSP não se pronunciou sobre a possível motivação homofóbica da agressão.
Diversas entidades LGBTQIA+ se manifestaram repudiando o caso e cobrando providências.
A investigação deve analisar as imagens das câmeras de segurança da estação. A Corregedoria da Polícia Militar também acompanha o caso.