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Campeã mundial de jiu-jitsu e mãe luta por patrocínio para competir

Divulgação

Da redação     -
25 de outubro de 2024

Nascida em Osasco, a lutadora Carina Santi, de 34 anos, procura patrocínio para financiar viagens e treinamentos para competições. Recentemente, ela conquistou a medalha de ouro no Mundial de Las Vegas. Entre os treinos e competições, Carina também é fisioculturista, influenciadora digital sobre vida fitness e também é mãe.

Número 1 na categoria Master da International Brazilian Jiu-Jitsu (IBJJF), Carina vive o auge dentro nos tatames. Em agosto deste ano, conquistou um dos principais feitos da carreira de mais de 15 anos, ao sagrar-se medalha de ouro no Mundial de Las Vegas, na categoria Master 1. Já foi campeã europeia quatro vezes, oito vezes brasileira e ganhou dois ouros no Pan-Americano. Carina foi ainda homenageada pela IBJJF como a número 1 do ranking mundial na categoria Master.

Mas é na maternidade, mãe de Alicia, de 9 anos, e de Bernardo, de 3, que Carina busca inspiração para seguir com seus objetivos de vida. “Eu faço tudo por eles e para eles. Quero ser o melhor exemplo como mãe, esposa e mulher. Quero mostrar para eles que do mesmo jeito que eu consigo, eles também conseguem. São uma inspiração para seguir em frente, apesar das dificuldades, que são muitas. Mas superação está na minha rotina”, comentou Carina.

“Pelo fato de eu ser mãe, muitas empresas já fecham as portas de cara, nem querem saber. Parece que a sociedade tem a impressão de que a mãe não é capaz de fazer as coisas, porque estaria 100% dedicada à criação dos filhos, porque os filhos seriam uma limitação para as atividades. Algo que, claro, não é verdade”, completou.

As obrigações familiares, que divide com o companheiro, pai das crianças e treinador, Diogo Almeida, de 41 anos, são percebidas por Carina também na hora de buscar patrocínios. A impressão da lutadora é que determinadas empresas creem que a maternidade é um limitador na carreira profissional.

A osasquense tem mais de 40 mil seguidores no Instagram, já teve canal no Youtube, e mostra poder de influência no segmento fitness, estilo de vida, alimentação, família, sem contar a rotina de lutadora e fisiculturista.

Embora as redes sociais seja um outro meio para conquista de patrocínios e parcerias, a forma como as mídias digitais propõe explorar a imagem de Carina também apresenta dificuldades. “Algumas empresas querem que eu faça vídeo de biquíni, rebolando, sensualizando, não é meu perfil, e vejo que não fazer dificulta. Mas eu sigo firme, como uma atleta, profissional e mãe que escolheu batalhar pelos meus objetivos”, finalizou a atleta.

Carina integra um programa de Bolsa Atleta da Prefeitura de Osasco e, para ir aos Estados Unidos, obteve R$ 3.000 de patrocínio através de uma marca, valor dividido com o marido Douglas. No final das contas, a grande luta de Carina não acontece no tatame, mas fora dele quando busca quebrar os preconceitos por ser uma lutadora e também ser mãe.

 

Fotos: